21 junho 2006

Anônimos





Quando dei por mim estava quieto num canto, pensando se acendia um charuto ou não, já que nesses textos quase todos fumam. E quando se fuma acontece alguma coisa. Resolvi não acender, mas o vinho eu abri, são raras as vezes que abro vinho pra tomar sozinho. E foi depois do terceiro copo que pensei com meus botões. Há uma inconfidência em Mafra, é verdade, inconfidência mafrense.
Há uma série de especulações tratada através de textos, sussurros, olhares e frases quase insanas de sujeitos com no mínimo dois pseudônimos a mais que o permitido. Descobri isso nos conflituosos scraps destes nossos amigos bloqueiros. Descobri que esses seres estão criando um mundo paralelo. Ainda não há um objetivo definido, mas há uma expectativa, como um corvo que fareja a sua próxima refeição.
E todo mundo sabe que sempre foi assim. A história foi feita por anônimos. Não eram os reis e príncipes que faziam a diferença e sim os anônimos que são os autores das mais estranhas façanhas. Organizam a mudança em suas idéias e as emprestam para outros para que as executem e levem a fama e claro que isso tudo sem ninguém saber. Pois são anônimos.
Os anônimos são poderosos, seus textos são gritos, suas falas são cochichadas, suas discussões de bares que parecem conversas despretensiosas são suas facadas em ventres desprotegidos.
Isso tudo eu penso porque fui vítima de um anônimo sagaz, que me conhece e sabe das minhas fraquezas, dentre elas a dificuldade de vociferar em textos de baixo escalão. Deve ser a estrutura de meu ego narcizista abalada. E o anônimo, que finge ser ignorante, acerta golpes no tendão aquileu. E assim faz o blog girar.
Mas tchan! Em um sonho me foi revelado, foi catártico. Levantei o véu da face anônima. Na primeira oportunidade lancei duas ou três indiretas, um olhar inclinado e pronto, foi suficiente pra ele deixar claro que ele era ele mesmo. Ah! é assim? E o mundo normal esticou seu indicador quase tocando o mundo paralelo.
È claro que não me aborreço com isso. Pelo contrário, me rendeu grandes gargalhadas. E vou ficar quieto no meu canto, com meu sorriso que contrai somente dois músculos, feliz por descobrir um anônimo que faz a história
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6 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi, eu sou o marco...
já q os anÔnimos q são legais vou comentar como anônimo também.

10:44 PM, junho 23, 2006  
Blogger Dr.SYD said...

Você é que pensa Zara!
Você é que pensa!
Você é!
Você!
!
.
.
!
Você!
Você é!
Você é que pensa!
Você é que pensa Zara!
........................Eu também!

2:24 AM, junho 25, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Grande Zara.
O interessante é perceber como esses anônimos são voláteis. Gostaria até de compará-los à peidos. Isso mesmo. Pum! Alguém solta (normalmente sem querer), encomoda todo mundo na sala, mas é só bater um ventinho que ele vai embora.

Graças à deus venta muito aqui na blogosfera.

12:32 PM, junho 25, 2006  
Anonymous Anônimo said...

Eu so Pedro Nego. Pedro Nego não é nômino, não é Istive Uonder, mas estamos aí né. E que venha esse tal de ego nazista ae que eu vo mostra quem que é superior. Vo toma uma cachaça que só assim eu sô feliz nessa cidade...

9:04 AM, junho 29, 2006  
Blogger Zaratustra said...

lembrei-me dos álcoolatras anônimos, mas não é deles que eu falei!

4:51 PM, junho 30, 2006  
Anonymous Anônimo said...

clique aqui e seja infeliz

11:29 PM, julho 10, 2006  

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